terça-feira, 3 de março de 2009

AMOR E INOCÊNCIA (drama)

O filme se passa em 1795, quando a jovem Jane Austen (queridinha Anne Hathway) viveu uma história digna de seus romances. Ela se apaixonou perdidamente por um irlandês chamado Tom Lefroy que retribuía o sentimento e acabou pedindo-a em casamento. Apesar dos dois personagens possuírem muitas características em comum com as heroínas e galãs dos livros de Austen (Jane tinha um pensamento à frente das mulheres de sua época e, apesar das pressões familiares, não iria aceitar o casamento por conveniência – somente por amor; enquanto Tom tinha a petulância e o senso de humor um tanto peculiar de um Mr. Darcy, por exemplo), o casal não terá o final feliz e triunfante que marcam livros como “Orgulho e Preconceito” e “Persuasão” – é bom mencionar aqui que não estou falando nada que ninguém não saiba, já que é público e notório que Austen se manteve solteira até o final de sua vida e nunca se ressentiu do fato de que não teve filhos ou uma vida de casada.
Se existe algo que é interessante em “Amor e Inocência” é o fato de que o roteiro de Kevin Hood e Sarah Williams bem que poderia mesmo ser uma adaptação de um livro de Jane Austen. A diferença é que, no filme, a célebre escritora inglesa é colocada no posto de protagonista de uma marcante história de amor. O longa dirigido por Julian Jarrold tem o charme e encanto dos filmes de época ingleses e, de uma maneira interessante, dialoga com “Orgulho e Preconceito” – na medida em que os acontecimentos que vemos serem retratados em “Amor e Inocência” foram a maior fonte de inspiração de Austen na escrita do seu mais famoso livro (os primeiros manuscritos da obra datam de 1796-1797, apesar de o material só ter sido publicado, pela primeira vez, em 1813).

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